Poços

Gn 26,12-35 – rodapé da Bíblia Ave Maria

Repete-se a mesma mentira de Abraão no Egito (Gn 20,2-18) se em Gerara (Gn 26,7-11). Tanto o pai como o filho estão mais interessados em salvar suas próprias vida do que de suas respectivas mulheres. É evidente que nessa atitude enganosa o único beneficiado é o homem; a vida – tanto de Sara quanto de Rebeca – fica exposta, sem que isso pareça importar a Abraão nem tampouco a Isaac. É estranho que não haja um “pronunciamento” contra esses procedimento, de fato apareça nas tradições sobre Abraão e nas duas de Isaac talvez para indicar que, apesar do procedimento tortuoso desses pilares da fé e da religião israelita, a mão de Deus continua guiando prodigiosamente a história. Os incidentes e o diálogo estre Abimelec e Isaac refletem as lutas cotidianas seculares no sentido de defender um pedaço de terra e a possibilidade de tê-la irrigada para o cultivo ou para o gado. Terra e água, dois elementos vitais em todo o pensamento bíblico. A menção de Esaú no versículo 34 prepara sua futura rejeição em Gn 27,46.

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